Em um
dos capítulos do livro "Cultura de Massa no Século XX - O
Espírito do Tempo" o filosofo francês
Edgar Morin fala que a industria cultural busca alcançar um nível máximo
de consumo, através da tentativa de atingir a um público universal.
A procura de um público cada vez mais variado
leva esta indústria à busca de uma homogeneização, ou seja, ela busca dar
condições aos espectadores de assimilar os mais diferentes tipos de conteúdos;
e nessa busca surge o conceito de sincretismo. Segundo o autor o sincretismo
busca unificar dois setores da indústria cultural, que seriam o setor da
informação, no qual se encontram as noticias, e o setor romanesco, que trata
das questões sentimentais do homem, como por exemplo, o amor.
Ainda com a intenção de atingir a esse grande
publico, surgem algumas subdivisões desse, como por exemplo, a imprensa
infantil, que já surge com o objetivo de preparar as crianças para serem
inseridas em na imprensa adulta. A imprensa feminina também surge nessa época,
não que antes existisse uma genuinamente masculina, mas o direcionamento de
assuntos ajuda na conquista da universalidade.
O cinema também buscou se adequar a essa nova
realidade através da criação de enredos que conseguissem, ao mesmo tempo,
atingir a mais de um tipo de público; um filme de ação, por exemplo, passa a ter
um toque de romantismo, e vise versa.
O filme "Transformers", do diretor Michael Bay, lançado em 2007, é um exemplo dessa busca pela homogeneização do público. Ao misturar ficção científica, ação, e romance em um só filme, ele consegue atingir, ao mesmo tempo, várias subdivisões de um mesmo público; o que só reforça a já citada ideia de universalidade.
Oi, Caio! Você mostrou bem as ideias do Morin sobre o Grande Público; por outro lado, você ainda pode acrescentar bastante informação a respeito do filme citado, explorando mais, por exemplo, o porque de Transformers ser escolhido como indicador dessa homogeneização. Quais públicos ele abarca? Fale mais sobre o enredo! :)
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