Edgar
Morin, filósofo e sociólogo francês, publicou em seu livro
“Cultura de massas do século
XX” uma reflexão sobre a interação da mídia com o emocional dos
espectadores. O termo “Projeção-Identificação” aparece nesse
contexto, onde um indivíduo projeta seus desejos em um personagem,
por exemplo, e assim se identifica com ele. O
happy end, o
final feliz do herói simpático,
se faz necessário nesse momento onde
o espectador quer que o seu objeto de projeção tenha um destino
feliz para que esse possa se sentir da mesma forma. As
tragédias gregas e gêneros anteriores não trabalhavam com esse
tipo de estruturação visando o público.
A identificação com esses heróis
é tão forte que os filmes passaram por grandes mudanças para se
adequarem ao novo espectador,
agora
emocionalmente conectado ao filme.
As
celebridades responsáveis por dar vida a
esses personagens também tem sua vida pessoal envolvida pela
curiosidade do público e sua constante
observação. Tornam-se então os “Olimpianos”, seres que vivem
em um lugar separados dos demais e possuem uma vida endeusada por
quem os segue. São modelos de cultura,
modelos de vida. A
ideia de felicidade é o ponto central na
imagem dessas pessoas e, em muitos casos,
essa é forjada
para a aceitação e fama do artista
envolvido. Podemos tomar como
exemplo Marilyn Monroe, uma das maiores e
mais conhecidas atrizes de Hollywood, teve
seu nome e estética mudados para tornar-se
famosa. Sua
vida tinha a aparência do glamour hollywoodiano, porém, mais tarde,
se soube que a atriz vivia uma realidade diferente da vista pela
mídia, sofrendo de
depressão por anos.
A
mesma projeção ocorre no caso da violência, em que o homem comum
extravasa o estresse e a violência contida no seu cotidiano,
consumindo filmes e outras fontes de mídia onde se pode projetar uma
vida sem restrição de leis, sem repressão e censura e onde não se
tem medo de nada. O homem comum volta para casa após mais um dia no
trabalho, mais um dia de rotina, e se torna uma valente e destemido
herói ao ligar
sua televisão.
Grupo: Carla Gonçalves, Mariana Dias, Pedro Soares
Grupo: Carla Gonçalves, Mariana Dias, Pedro Soares
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ResponderEliminarOi, pessoal! O post ficou bem interessante, já que vocês focaram na dupla projeção-identificação. O exemplo da Marilyn Monroe como uma olimpiana ficou bom, mas vocês ainda poderiam dar uma incrementada mostrando, por exemplo, o legado que ela deixou (com relação à estética e ao vestuário, até hoje as pessoas se remetem a ela, nem que seja ao se fantasiarem). E os novos olimpianos?
ResponderEliminarJá com relação à projeção da violência, acredito que possa ser acrescentado um exemplo, talvez de algum filme. No cinema nacional, tivemos o grande sucesso de bilheteria Tropa de Elite. Quantos brasileiros, na época, imitaram o jeito de falar do Capitão Nascimento e vibraram com as suas frases de efeito e atitudes? Não seriam esses movimentos também projeções?
Abusem dos aspectos multimídias que a internet proporciona! Que tal um vídeo? :D
P.S.: Sugiro que vocês coloquem, antes ou ao final do texto, os nomes dos três autores, pois, da forma que está, parece que somente a Carla escreveu ;)