terça-feira, 22 de abril de 2014

Stuart Hall e a Identidade cultural na Pós-Modernidade

Stuart Hall um teórico cultural que publicou o livro “A identidade cultural na Pós-Modernidade” onde chama a atenção para a discussão em torno da chamada “crise de identidade” que vem fazendo com que o sujeito tido como unificado se apresente deslocado por conta das transformações da sociedade ocorridas em escala global.


Passa pelos conceitos de identidade ilustrando o sujeito do Iluminismo que tinha como base o conceito de centralidade no homem e sua racionalidade. Já o sujeito sociológico é caracterizado por sua capacidade de interação com o mundo e o sujeito pós-moderno seria composto por várias identidades.


Ao tratar das características de mudança da modernidade tardia, dando ênfase a globalização, destacando que as sociedades modernas não contam com um centro organizador. O conceito de identidade passa a ter caráter diferenciado em relação à identidade iluminista e sociológica, já que desloca estabilidades e permite o surgimento de novas identidades que são abertas, contraditórias e plurais.Ao abordar as culturas nacionais como comunidades imaginadas, Hall explica o sujeito fragmentado e suas identidades culturais. 


A nação pode ser entendida como um sistema e representação cultural que excede a noção de legitimidade do ser social, porque as pessoas não são somente cidadãs, já que dividem uma série de significados como narrativas, discursivas e mitos fundacionais. Deste modo, os diferentes membros das culturas nacionais, independendo sua raça, classe e gênero seriam unificados numa única identidade cultural. Ao trazer essa identidade cultural para o Brasil, podemos citar o que caracteriza nosso país como carnaval e futebol. Mas não necessariamente toda a população compartilha desses gostos e habilidades.





Hall questiona esta noção unificadora da cultura nacional, assegurando que grande parte das nações foram formadas por um processo violento de conquista de diferentes povos e diferentes culturas.


Destaca que a globalização se caracteriza por atravessar as fronteiras nacionais tornando o mundo mais unificado. Assim, suas consequências sobre as identidades culturais são a da homogeneização cultural pós-moderna, manifestações de resistência à globalização por identidades nacionais e locais e decadência das identidades nacionais possibilitando o advento das novas identidades. Contudo, o autor aponta que a ideia de homogeneização das identidades é muito simplista. A outra face da globalização consiste sobre a consequência do efeito pluralizador das periferias, ou seja, onde a tradição, estável, é provocada pela tradução cultural onde é possível ter a intensificação de identidades locais ou à nova produção de identidades.

2 comentários:

  1. Oi, Mariane! Você explorou de uma boa forma as ideias trazidas por Hall, mas senti falta de mais exemplos aprofundados. Ao falar do carnaval e futebol, você apenas cita que nem todos os brasileiros compartilham desse gosto e habilidade; então, que tal falar um pouco mais disso, em como se constrói um sentido e uma identidade para o que seria uma nação e a necessidade de unificar todos sob uma mesma identidade, uma mesma comunidade? Quais os interesses dessas narrativas sobre o que seria "ser brasileiro"?

    Essas são algumas sugestões que podem enriquecer o post! :D

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  2. Atenção aos erros de português e digitação: a primeira frase "Stuart Hall um teórico cultural que publicou o livro “A identidade cultural na Pós-Modernidade” onde chama a atenção para a discussão em torno da chamada" provavelmente está sem o verbo "foi" após Stuart Hall, além de faltar uma vírgula antes do "onde"; em "Ao tratar das características de mudança da modernidade tardia, dando ênfase a globalizaçãoAo tratar das características de mudança da modernidade tardia, dando ênfase a globalização, destacando que as sociedades modernas não contam com um centro organizador. O conceito de identidade passa", o "a" antes de globalização leva crase e no lugar do ponto antes de "O conceito" deveria haver um vírgula; na frase "A nação pode ser entendida como um sistema e representação cultural que excede a noção de legitimidade do ser social", no lugar do "e" deve ser "de"; em "Deste modo, os diferentes membros das culturas nacionais, independendo sua raça", "independendo" deveria ser "independentemente de sua raça"; em "onde é possível ter a intensificação de identidades locais ou à nova produção de identidades." o "a" de "a nova" não leva crase.

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