terça-feira, 29 de abril de 2014

Stuart Hall - Globalização e Identidade Cultural

Stuart Hall foi um teórico cultural jamaicano que atuou no Reino Unido. Ele contribuiu com obras chave para os estudos da cultura e dos meios de comunicação, assim como para o debate político.


A globalização é um processo atuante numa escala global que atravessa fronteiras integrando e conectando pessoas e organizações. As identidades, devido esse movimento, estão se "desintegrando" por um lado, enquanto outras estão sendo reforçadas. O tempo e o espaço também são coordenadas importantes para o desenvolvimento desse sistema de representação. Hall cita que com isso, é possível observar o conceito de "Geometria do Poder" que consiste na desigualdade e má distribuição espalhadas pelo mundo, onde uns possuem grande acesso e variedade de informações e culturas, e por conseguinte, outras permanecem desinformadas e restritas a culturas de suas nações. 

Quantas opções você tem?

Em uma sociedade quantitativa e não qualitativa, a cada dia novas marcas tomam conta de nossos cotidianos e com isso, há uma gama imposta pelo mercado, que nos tornam mais consumistas e menos racionais. A quantidade não se restringe somente às marcas, mas uma consequência que a mesma ocasiona, as múltiplas identidades utilizando da "alteridade" para provar a existência do eu-individual só acontece devido ao contato com o outro, ou mesmo, com o que o outro possui.

Qual delas você escolhe?

A identidade passou de um conceito único e tornou-se em algo plurificado, com isso surge o Hibridismo, ou seja, um processo que "mistura" diferentes matrizes culturais e que em partes possui um aspecto positivo quando visto como tolerante ao conhecimento de novas culturas e negativo quando um percursor que apaga as tradições. 

A identidade Cultural e Glee



Muito abordada no seriado GLEE, o conceito de Identidade, cria o enredo e os conflitos que sustentam a mesma. Uma série que mistura música, drama e crítica social, trás para o cotidiano desses estudantes conflitos existenciais da identidade e personalidade de cada um. Ao englobar diversas temáticas diferentes para seus personagens, sem seguir uma linha continua padrão das sérias americanas, houve uma empatia coletiva por meio de seus expectadores. Assim, eles criaram uma identidade própria mesmo explorando várias identidades como por exemplo, o nerd, o gay, a estrangeira, entre outros, todos se encaixam numa mesma identidade. 


No episódio "Born this way" eles aceitam suas diferenças e "imperfeições" para que com elas, sejam capazes de não só combater o bullying (muito presente no contexto da série) mas também para se afirmarem como pessoas. Com o mesmo objetivo da versão original interpretada por Lady Gaga "ser diferente é normal" e torna cada um único e especial. 
Como no trecho da música:
"Eu sou linda do meu jeito
Pois Deus não erra
Eu estou no caminho certo, baby
Eu nasci assim"

Trabalho feito por: Luiza Dias GonçalvesMatheus Bertolini AmorimRuth Flores Gonçalves

1 comentário:

  1. Excelente post, reflexo de um ótimo seminário! Vocês conseguiram resumir muito bem pontos-chave do trabalho de Hall, mostrando, com o auxílio do primeiro vídeo, o contexto em que estamos e em que as situações identitárias e a crise do sujeito se instauram.

    A exemplificação com a série Glee vem mostrar como um produto audiovisual atual consegue abordar a temática das múltiplas identidades e atingir um vasto público, que se reconhece, se projeta e se identifica.

    Parabéns pelo trabalho! :D

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