Henry Jenkins é
considerado “um dos pesquisadores da mídia mais influentes da
atualidade”. Durante os anos de 1993 e 2009 ele esteve a frente do
programa de Estudos de Mídia Comparada do MIT. Em sua obra
“Cultura da Convergência”, Jenkins lança mão de exemplos da
indústria midiática e alguns fandoms para analisar o universo da
convergência, em especial, três conceitos: convergência midiática,
cultura participativa e inteligência coletiva. Jenkins diz, em seu livro que a convergência midiática é "fluxo de conteúdos por múltiplas plataformas de mídia, à cooperação
entre múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento migratório dos
públicos dos meios de comunicação", que a cultura participativa "parte de uma ideia de uma cultura onde os consumidores estão agindo cada vez mais
de forma participativa e crítica", e inteligência coletiva como "uma forma de consumo coletivo exercida pelos fãs. Esses são, portanto, consumidores
participativos". Exemplo de tudo isso
foi a forma como a cantora Beyoncé lançou e divulgou seu álbum e
singles do áudiovisual “BEYONCÉ: The Audiovisual Album”.
Divulgado apenas na madrugada do dia 13 de dezembro de 2013, ele
propôs aos fãs interação total (em áudio e vídeo) do conteúdo
de seu produto, inicialmente no iTunes e composto de quatorze músicas e dezessete vídeos, além de formas de divulgação
de singles baseada em conteúdo produzido por fãs. Para
exemplificar tal situação, o single “Pretty Hurts” possui um
site exclusivo, e todo o seu conteúdo é produzido por fãs no
Instagram, com a hashtag “#whatispretty”, transformando os vídeos
e fotos em um projeto visual e de interação.
Também durante o ínicio de divulgação do álbum, a cantora
incentivou os fãs a produzirem, em 15s também no Instagram,
perguntas que seriam respondidas na coletiva oficial de imprensa do
álbum, que ocorreu em um grande teatro de Nova York, com a hashtag "#ASKBEYONCE"
Durante sua última turnê solo, a “The Mrs Carter Show World Tour”, a cantora utilizou da mesma interação para arrecadar fundos e doação de roupas e brinquedos para ONG's internacionais
com a #BeyGood, na qual a mesma incentivava os fãs a trazer
doações, compartilhar o conteúdo nas redes sociais e,
consequentemente, as melhores produções ganhavam ingressos
exclusivos para um espaço VIP do show em seus respectivos países.
Bom post, Weslei! Deu ótimos exemplos, parabéns!
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