quarta-feira, 2 de julho de 2014

Jenkins, Convergência Midiática, Cultura Participativa e Inteligência Coletiva




Henry Jenkins é considerado “um dos pesquisadores da mídia mais influentes da atualidade”. Durante os anos de 1993 e 2009 ele esteve a frente do programa de Estudos de Mídia Comparada do MIT. Em sua obra “Cultura da Convergência”, Jenkins lança mão de exemplos da indústria midiática e alguns fandoms para analisar o universo da convergência, em especial, três conceitos: convergência midiática, cultura participativa e inteligência coletiva. Jenkins diz, em seu livro que a convergência midiática é "fluxo de conteúdos por múltiplas plataformas de mídia, à cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação", que a cultura participativa "parte de uma ideia de uma cultura onde os consumidores estão agindo cada vez mais de forma participativa e crítica", e inteligência coletiva como "uma forma de consumo coletivo exercida pelos fãs. Esses são, portanto, consumidores participativos". Exemplo de tudo isso foi a forma como a cantora Beyoncé lançou e divulgou seu álbum e singles do áudiovisual “BEYONCÉ: The Audiovisual Album”. Divulgado apenas na madrugada do dia 13 de dezembro de 2013, ele propôs aos fãs interação total (em áudio e vídeo) do conteúdo de seu produto, inicialmente no iTunes e composto de quatorze músicas e dezessete vídeos, além de formas de divulgação de singles baseada em conteúdo produzido por fãs. Para exemplificar tal situação, o single “Pretty Hurts” possui um site exclusivo, e todo o seu conteúdo é produzido por fãs no Instagram, com a hashtag “#whatispretty”, transformando os vídeos e fotos em um projeto visual e de interação.



Também durante o ínicio de divulgação do álbum, a cantora incentivou os fãs a produzirem, em 15s também no Instagram, perguntas que seriam respondidas na coletiva oficial de imprensa do álbum, que ocorreu em um grande teatro de Nova York, com a hashtag "#ASKBEYONCE"




Durante sua última turnê solo, a “The Mrs Carter Show World Tour”, a cantora utilizou da mesma interação para arrecadar fundos e doação de roupas e brinquedos para ONG's internacionais com a #BeyGood, na qual a mesma incentivava os fãs a trazer doações, compartilhar o conteúdo nas redes sociais e, consequentemente, as melhores produções ganhavam ingressos exclusivos para um espaço VIP do show em seus respectivos países.



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