quarta-feira, 18 de junho de 2014

Michel Foucault : O Reflexo do Modelo Panóptico nos Produtos Culturais

 Foucault foi  um filósofo e professor francês que realizou amplos estudos, críticas e pesquisas a temas diversos como  o poder e os processos de subjetivação do sujeito nas instituições sociais. A maior parte de seu trabalho é fundada sobre a tendência pós-estruturalista, termo que indica de certa forma a superação do estruturalismo, e assim, a rejeição de definições que pretendem ser verdades absolutas sobre o mundo.
No livro Vigiar e Punir, Michel Foucault reflete sobre a questão do panóptico, uma estrutura prisional que se estabelecia em uma torre no centro, comandada por um vigia, que controla  os presos nas celas dispostas em forma de anel a seu redor. Os presos, por sua vez, são vigiados mas não podem ver nada. A partir dessa analogia, o autor traça os aspectos de uma sociedade panóptica, muito marcada pela disciplina, controle e  vigilância, exercidos por aqueles que estariam no centro e no topo. Como forma concreta dessa disciplina, são impostas regras a todos os homens com o objetivo de formatá-los de maneira homogênea fazerem agir de acordo com o que o sistema deseja.

 O conceito de sociedades distópicas é muito recorrente em filmes e livros, tendo como um dos principais exemplos o livro “1984”, de George Orwell, que relata um futuro onde a sociedade seria constantemente vigiada através de câmeras, e um personagem denominado “Grande Irmão” seria o controlador, embora ninguém o conhecesse nem soubesse quando a vigilância era feita. Outro exemplo é o livro “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, que narra um futuro onde as pessoas seriam condicionadas a viver em harmonia com as leis e regras sociais, dentro de uma sociedade organizada por castas. Qualquer dúvida dos cidadãos era dissipada com o consumo de uma droga sem efeitos colaterais.

 Atualmente têm sido criados best-sellers voltados ao público adolescente, como a trilogia “Jogos Vorazes”, de Suzanne Collins, adaptada para o cinema.   A escritora relata um governo que teme novas revoltas da população, criando assim um reality show em que jovens são postos em uma arena e devem lutar pela sua sobrevivência, matando uns aos outros. Outro exemplo recente é a série “Divergente”, de Veronica Roth, também adaptada. Neste, o futuro é dividido por facções trabalhistas, definidas por suas aptidões, em que os jovens são submetidos a um teste para descobrir a qual facção sem assemelham mais. Os que não possuem um resultado conclusivo são divergentes, não podendo ser controlados pelo governo. Dessa forma, sofrem perseguições do mesmo para que sejam eliminados, uma vez que afetariam a ordem que o sistema tenta estabelecer.

Grupo: Bruna Luz e Carolina Tosetti

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